Estudar, conhecer os costumes e as tradições dos povos e sua origem, é uma forma de preservarmos a sua verdadeira essência e também de respeitar e ser fiel à arte,cultura e tradições de uma outra nação. Além de imprimir e enriquecer em nossa dança algo mais que conhecimento técnico. A Dança do Ventre é uma arte milenar e deve ser amada e respeitada por quem a pratica e, principalmente, por aqueles que têm a responsabilidade de ensiná-la.

Av Tamandaré 2515, Galeria Delta - Sala 11. - S.do Livramento, RS  Fone: (55) 9101-0366 - (55) 9681-5307  
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Texto publicado por Lulu Sabongi.

"Quando comecei minhas aulas de dança, minha professora - Shahrazad -dizia que meus braços pareciam cabos de vassoura... Eu via os braços dela, e me encantava com aquela graciosidade a tal ponto, que foi impossível abandonar as aulas. Pensava comigo, "nenhum bebê nasce sabendo, com certeza ela também teve seu período de aprendizado, por que não eu?"
Por diversas vezes, pensei em desistir, mas um bichinho dentro da minha cabeça de menina dizia, "você gosta tanto disso, fica só mais um pouquinho vai!"
Assim eu fui ficando, e, devagar fui descobrindo onde estavam minhas travas, aprendendo a abrir os ferrolhos e colocar lubrificantes nos lugares enferrujados, até que aquele corpo novo, mas muito duro, começou a se mostrar um pouco mais maleável.
Sinto que ao tomar contato com a dança todas nós percebemos o quanto não somos donas de nosso corpo e essa descoberta nos surpreende e assusta ao mesmo tempo. Quantas vezes já ouvi em aula a expressão: "Eu entendi a explicação e estou dizendo a meu corpo o que fazer, mas ele não me obedece!" Na verdade, creio que num primeiro momento existe um conflito entre compreender mentalmente as ordens e senti-las em nosso corpo. Vivemos numa estrutura social que oferece pouco espaço para o afeto e menos ainda para cuidar de nossa vida interior. Correndo de um lado para o outro, oferecendo nossa eficiência no trabalho, a atenção para os amigos e afins, cuidando de filhos, familia. Quando chega a hora de cuidar de nós mesmas, o cansaço fala mais alto.
As aulas de dança parecem ser um bom começo para retomar o contato perdido.
Voltamos a ficar curiosas: como será que eu fico numa roupa de dança...como será quando já souber dançar, quando estarei pronta para fazer uma surpresa para alguém? Tantas possibilidades e tantos planos, que vão por água abaixo, depois de apenas três meses de aula!!! Nada que valha a pena, pode ser aprendido em apenas 90 dias, nenhum idioma será dominado em tão pouco tempo. A dança é a linguagem do corpo, se ele não foi treinado para falar, como estará pronto para proferir palestras depois de míseros três meses de preparação?
Dê tempo a si mesma, permita que as mudanças ocorram dentro de um ritmo normal. Nossas emoções não existem apenas em nossa mente mas deixam marcas profundas nos músculos, articulações e em toda nossa estrutura enquanto ser humano. Dançar significa permitir a soltura de nossas tensões, o relaxamento do controle, a abertura para os sentimentos. Por abrir tantas portas dentro de nós é que não é tão fácil assim...Respeitando nossos limites damos espaço para que eles afrouxem, como um elástico novo, que de acordo com o uso, fica mais macio e se alonga sem oferecer resistência. A resistência de nosso corpo está diretamente ligada a necessidade de defesa, todo ataque frontal recebe reação imediata; se minarmos nossas defesas devagar e suavemente, ensinaremos a nosso corpo que vale a pena relaxar.
Poder expressar-se através de uma arte, no nosso caso, a dança, é uma das maiores dádivas que podemos usufruir na vida, falar com nossos olhos, mãos, pés e tronco. Falar sem proferir palavras, falar direto ao coração de quem nos vê! Dando a oportunidade de interpretação ao outro. Afinal nem todos tem a mesma impressão ao ver um quadro e assim será conosco, cada pessoa que assistir a sua dança terá uma impressão diferente, uma mesma música trará diversas nuances, dependendo de quem a ouve.
Depois de seis meses em aula você começa a se sentir mais confortável em sala e descobre que nem tudo é tão difícil assim. Já decifra muitos movimentos e percebe que é questão de tempo executá-los com qualidade, aprende a ouvir o que seu corpo lhe pede e respeita os momentos. Inicia os primeiros passos, em forma de seqüências, deslocando-se no espaço e experimentando esse mundo novo. Desse ponto em diante, parte das ilusões iniciais já se foram, conhece outras pessoas e percebe que suas dificuldades são iguais as delas, algumas até parecem penar mais do que você. Na verdade, seu furor inicial já amainou e tudo é visto com maior clareza."
Lulu Sabongi

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Lu Mansur ®: Om Koulsoum

Lu Mansur ®: Om Koulsoum: Ídola do povo egípcio e de toda bailarina de dança do ventre, Om Koulsoum foi um ícone da música árabe. Você pode encontrar diferentes for...