Estudar, conhecer os costumes e as tradições dos povos e sua origem, é uma forma de preservarmos a sua verdadeira essência e também de respeitar e ser fiel à arte,cultura e tradições de uma outra nação. Além de imprimir e enriquecer em nossa dança algo mais que conhecimento técnico. A Dança do Ventre é uma arte milenar e deve ser amada e respeitada por quem a pratica e, principalmente, por aqueles que têm a responsabilidade de ensiná-la.

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sábado, 26 de março de 2011

O Jejum do Ramadã.

O Ramadã é o nono mês do calendário islâmico. Pelo fato de o Islamismo usar um calendário lunar, o Ramadã começa e termina em diferentes períodos do ano. O calendário lunar é baseado na observação das fases da Lua, em que o início de cada mês é identificado com a visão de uma nova Lua. Este calendário tem cerca de 11 dias a menos que o calendário solar usado na maior parte do mundo ocidental.

O início do Ramadã em cada ano é baseado na combinação das observações da Lua e em cálculos astronômicos. Nos Estados Unidos, muitos muçulmanos aderem à decisão da Sociedade Islâmica da América do Norte para o começo da festividade. O final do Ramadã é determinado de maneira semelhante.


Acredita-se que no mês do Ramadã o Alcorão sagrado foi enviado do céu como uma orientação aos homens e como um meio de sua salvação.  Foi nele que Maomé recebeu sua revelação inicial, e também nele que (dez anos depois) deu-se sua mudança de Meca para Medina (hégira - busca de proteção). É durante este mês que os muçulmanos jejuam. Este mês é chamado de Jejum do Ramadã e dura um mês inteiro. É um período quando os muçulmanos se concentram na sua fé e gastam menos tempo nas suas preocupações cotidianas. É um período de adoração e contemplação. 

Durante o jejum do Ramadã várias restrições rígidas são feitas nas vidas diárias dos muçulmanos. Não é permitido comer ou beber durante as horas que se tem luz do dia. Fumar e manter relações sexuais também são proibidas durante o jejum. Ao término de cada dia o jejum é finalizado com uma oração e uma refeição chamada "iftar". Na noite que segue ao iftar é habitual que os muçulmanos saiam com a família para visitar amigos e familiares. O jejum é retomado na manhã seguinte.

          
De acordo com o Alcorão sagrado: A pessoa pode comer e beber a qualquer hora durante a noite "até que ela possa distinguir uma linha branca de uma linha preta pela luz do dia: e então ela deve manter o jejum até noite".
               

O bem feito pelo jejum pode ser destruído através de cinco situações: contar uma mentira, calunia, denunciar uma pessoa pelas costas, um falso juramento, ganância ou cobiça. Geralmente estas coisas são consideradas ofensivas, mas é muito mais ofensivo durante o jejum do Ramadã.

Durante o Ramadã, é comum aos muçulmanos irem à Mesquita e passar várias horas rezando e estudando o Alcorão. Além das cinco orações diárias, durante o Ramadã os muçulmanos recitam uma oração especial chamada a oração de Taraweeh (Oração Noturna). A duração desta oração é de 2 a 3 vezes maior que as orações diárias. Alguns muçulmanos passam a noite inteira em oração.


Na noite do 27º dia do mês, os muçulmanos celebram o Laylat-al-Qadr (a Noite do Poder). Acredita-se que nesta noite Maomé recebeu a revelação do Alcorão sagrado. E de acordo com o Alcorão, neste dia Deus determina o curso do mundo durante o ano seguinte.
Quando o jejum termina (no primeiro dia do mês de Shawwal), um feriado chamado Id-al-Fitr (o Banquete do Termino do Jejum) é celebrado durante três dias. Presentes são trocados. Amigos e familiares rezam em congregação e fazem banquetes. Em algumas cidades festividades são feitas para celebrar o fim do jejum do Ramadã.

terça-feira, 1 de março de 2011

Costumes - alimentação árabe.







Os hábitos alimentares dos mulçumanos são restritos pelas leis do Alcorão: a bebida alcoólica não é permitida, assim como a carne de porco pois ele é um considerado um animal impuro. Desta forma o consumo de carne de carneiro é predominante entre eles.




Durante as comemorações religiosas, como o Ramadã, o jejum é rigoroso e até mais longo do que o dos judeus. Não se pode comer e beber durante o dia. As refeições noturnas, então, são um banquete. Já os árabes cristãos seguem hábitos alimentares ocidentais, sem restrições.
Entre os árabes é costume se servirem de um café da manhã farto, que inclui pão com ovos, frutos e vegetais frescos, mel, nozes ou iogurte.
As refeições são verdadeiros rituais, demoram-se a mesa, que apresenta uma grande variedade de pratos servidos em pequenas porções. São os mezzés, ou antepastos árabes, sempre acompanhados de pão pita e áraque, bebida típica à base de anis. Em seguida vem os doces e por fim café árabe ou chá preto com hortelã.



Adoram receber, em todos os lares enquanto a mesa estiver posta, as portas das casas permanecem abertas. Todos que chegam são convidados a se sentar. Segundo a tradição a mesa deve conter ao menos o dobro da quantidade de iguarias suficientes para alimentar os convidados. Esses, por sua vez, devem comer mais do que o habitual para demonstrar satisfação e agradecer a hospitalidade.

A região do oriente médio foi o berço a civilização, os grandes impérios que dominaram essa região, o persa (539-331 a.C.), o árabe (630-1258) e o otomano (1281-1918), foram responsáveis pela formação da cultura árabe, e isso se reflete também na culinária e nos hábitos alimentares, as primeiras tradições culinárias nasceram ali, há mais de 12 mil anos.Entre os rios Tigre e o Eufrates, no atual Iraque, os homens passaram a cultivar trigo, cevada, pistache, nozes, romãs e figos que floresciam ao lado dos rebanhos de carneiro e de cabras. Pela primeira vez misturaram ingredientes diferentes e fizeram o pão, que nasceu chato e redondo. Em um período posterior, entre os anos 3000 a.C. e 300 a.C, quando os fenícios povoaram a região do Líbano, surgiu o hábito de cobrir o pão com carne e cebola. Nascia a esfiha. Por volta de 500 a.C., os persas, antigos habitantes do Irã, trouxeram ingredientes mais complexos, como arroz, pato, amêndoas e frutos frescos, e muitas especiarias: cominho, cardamomo, coentro, feno-grego, cúrcuma e gengibre. Os sultões do Império Otomano acrescentaram as massas ensopadas com mel e recheadas com nozes e amêndoas moídas, bem como o café forte e adoçado. Carne de carneiro assada ou frita na manteiga ou no óleo era bastante apreciado nos palácios, assim como os miúdos macerados e mergulhados em uma mistura de leite azedo e especiarias.
Com o fim das invasões, as diversas culinárias da região mesclaram-se em uma cozinha que cultivou respeito por suas tradições.
Publicação: Tenda Árabe - Comunidade árabe-brasileira.